quarta-feira, 26 de março de 2014
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Os cristãos incoerentes são um escândalo que mata – o Papa na missa em Santa Marta
Os cristãos incoerentes são um escândalo que mata – o Papa na missa em Santa Marta
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2014-02-27 Rádio Vaticana
O cristão incoerente dá escândalo e o escândalo mata – estas as palavras muito fortes do Papa Francisco, pronunciadas nesta quinta-feira na missa em Santa Marta. Tomando como primeiro estímulo da sua homilia um crisma administrado durante a Missa, o Santo Padre afirmou que quem recebe este sacramento manifesta a sua vontade de ser cristão. Quem pensa como cristão deve agir como cristão e apontou a leitura da Carta de S. Tiago:
“Ouvimos o Apóstolo Tiago que diz a alguns incoerentes, que se envaideciam de serem cristãos, mas exploravam os seus trabalhadores e diz assim: ‘Olhai que o salário que não pagastes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos está a clamar; e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do universo!’ É forte o Senhor.”
“Quem ouve isto até pode pensar que o disse um comunista. Não disse-o o Apóstolo Tiago! É Palavra do Senhor. É a incoerência. E quando não há coerência cristã e se vive com esta incoerência, faz-se o escândalo. E os cristãos que não são coerentes fazem escândalo.”
Este escândalo de que fala o Papa Francisco começa, desde logo, no tipo de atitude que um cristão deve ter para com os outros: acolher e testemunhar o amor de Deus. E tal como S. Francisco que disse para pregarmos o Evangelho em todo o tempo, se necessário também com as palavras, o Papa Francisco, sem se referir ao “pobrezinho de Assis” concretizou com um exemplo muito parecido e definidor da atitude de coerência que deve ter um cristão:
“Se tu te encontras – imaginemos – perante um ateu e ele diz-te que não crê em Deus, tu podes ler—lhe toda uma biblioteca, onde diz que Deus existe e mesmo provar que Deus existe, mas ele não terá fé. Mas se perante este ateu tu dás testemunho de coerência de vida cristã, alguma coisa começará a trabalhar no seu coração. Será precisamente o teu testemunho aquilo que o levará a esta inquietude, sobre a qual trabalha o Espírito Santo. É uma graça que todos nós, toda a Igreja deve pedir: ‘Senhor, que sejamos coerentes’.” (RS)
O arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, comunicou na manhã de hoje, 27, que o papa Francisco irá declarar santo o bento José de Anchieta, missionário que viveu no Brasil.
O arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, comunicou na manhã de hoje, 27, que o papa Francisco irá declarar santo o bento José de Anchieta, missionário que viveu no Brasil.
Dom Raymundo Damasceno esteve em reunião com o papa, no Vaticano, para dar início à preparação da celebração de canonização. Em entrevista à Rádio Vaticano, o cardeal explicou que o papa Francisco optou por uma cerimônia simples que consistirá na assinatura de um decreto no qual será declarado santo o apóstolo José de Anchieta. O evento ocorrerá no próximo mês de abril, com data e local a serem definidos.
De acordo com dom Damasceno, a missa de canonização será celebrada em uma igreja de Roma. Na ocasião o papa Francisco irá declarar santos o missionário brasileiro e dois beatos canadenses.
“José de Anchieta deixou marcas profundas no início da colonização do Brasil, como também na sua evangelização. Eu creio que ele mereça ser cultuado por toda a Igreja”, disse o cardeal.
O arcebispo explicou que no Brasil haverá uma celebração mais solene, em âmbito nacional, possivelmente durante a 53ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em Aparecida (SP), no período de 30 de abril a 09 de maio, com a presença do episcopado brasileiro. Serão propostas outras celebrações nos estados onde o beato José de Anchieta percorreu em sua caminhada missionária como o Espírito Santo, Bahia, Rio de Janeiro.
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Audiência: Francisco pede coerência entre liturgia e vida
Cidade do Vaticano (RV) – Quarta-feira é dia do encontro semanal do Papa com os fiéis na Praça S. Pedro, para a Audiência Geral.
Na Praça, esta manhã, havia cerca de 15 mil peregrinos, oriundos de vários países do mundo. Depois de saudá-los a bordo do seu papamóvel, recebendo e retribuindo o carinho dos fiéis, o Pontífice retomou sua catequese sobre os Sacramentos.
Na última catequese, Francisco falou da Eucaristia, que nos introduz na comunhão real com Jesus e o seu mistério. Desta vez, o Papa aprofundou o aspecto da nossa relação com este Sacramento: trata-se somente de uma parêntese da nossa vida, uma tradição consolidada, ou realmente nos envolve e nos transforma?
O Papa sugeriu três “indícios” para entender esta relação. O primeiro deles é o nosso modo de olhar e de considerar os outros. Quando participamos da Missa, nos encontramos com homens e mulheres de todo gênero: jovens, idosos, crianças, pobres e abastados, originários do lugar ou estrangeiros, sós ou acompanhados.... Celebrando a Eucaristia, devemos então nos questionar se sentimos todas essas pessoas como irmãos e irmãs, se somos capazes de reconhecer nelas a face de Jesus:
Mas amamos como Jesus quer esses irmãos e irmãs mais necessitados? Em Roma, por exemplo, vivemos tantos problemas sociais causados pela chuva, há ainda a falta de emprego, a crise social no mundo. Eu que vou à missa, me preocupo em ajudar? De rezar por eles? Ou me preocupo em fofocar, comentando como uma pessoa está vestida. Não devemos fazer isso, mas nos preocupar com nossos irmãos que necessitam.
O segundo indício é a graça de sentir-se perdoados e prontos a perdoar. Quem celebra a Eucaristia, explicou Francisco, não o faz porque se considera ou quer ser melhor dos que os outros, mas o faz justamente porque se reconhece sempre pecador e precisa da misericórdia de Deus. Naquele pão e naquele vinho que oferecemos e em volta dos quais nos reunimos, se renova toda vez o dom do corpo e do sangue de Cristo para a remissão dos nossos pecados, que por sua vez alarga o nosso coração ao perdão dos irmãos e à reconciliação.
O último indício vem da relação entre a celebração eucarística e a vida das nossas comunidades cristãs. O Papa advertiu que se deve sempre levar em consideração que a Eucaristia não é algo que nós fazemos, mas é uma ação de Cristo, em que Ele se faz presente para nos nutrir de sua Palavra e de sua própria vida. Isso significa que a missão e a própria identidade da Igreja brotam dali, da Eucaristia, e dela tomam forma.
Uma celebração pode ser impecável do ponto de vista exterior, belíssima, mas se não nos conduz ao encontro com Jesus, corre o risco de não trazer nenhum nutrimento ao nosso coração e à nossa vida. Ao invés, através da Eucaristia, Cristo quer entrar na nossa existência e permeá-la com sua graça, de modo que em cada comunidade cristã exista coerência entre liturgia e vida.
Nesse sentido, as palavras de Jesus relatadas no Evangelho de João são fundamentais: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia”.
Vivamos a Eucaristia com espírito de fé e de oração, de perdão, de penitência, de preocupação pelos necessitados, na certeza de que o Senhor realizará aquilo que prometeu.
(BF)
Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2014/02/12/audi%C3%AAncia:_francisco_pede_coer%C3%AAncia_entre_liturgia_e_vida/bra-772458
do site da Rádio Vaticano
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