http://www.nhachica.org.br/beatificacao-tempo-real.php Beatificação de nha Chica dia 04 de maio
Ainda pequena Francisca de Paula de Jesus, que nasceu no Distrito de Santo Antônio do Rio das Mortes em São João Del Rey -MG chegou em Baependi, MG. Estava acompanhada por sua mãe, uma ex- escrava e por seu irmão Teotônio. Com eles, poucos pertences e uma imagem de Nossa Senhora da Conceição.
Em 1818, com apenas 10 anos de idade, a mãe de Nhá Chica faleceu deixando aos cuidados de Deus e da Virgem Maria as duas crianças, Francisca Paula de Jesus e seu irmão, então com 12 anos. Órfãos de mãe, sozinhos no mundo, Francisca Paula e Teotônio, cresceram sob os cuidados e a proteção de Nossa Senhora, que pouco a pouco foi conquistando o coração de Nhá Chica. Esta, a chamava carinhosamente de "Minha Sinhá" que quer dizer: "Minha Senhora", e nada fazia sem primeiro consultá-la.
Nhá Chica soube administrar muito bem e fazer prosperar a herança espiritual que recebera da mãe. Nunca se casou. Rejeitou com liberdade a todas as propostas de casamento que lhes apareceram. Foi toda do Senhor. Se dava bem com os pobres, ricos e com os mais necessitados. Atendia a todos os que a procuravam, sem discriminar ninguém e, para todos tinha uma palavra de conforto, um conselho ou uma promessa de oração. Ainda muito jovem, era procurada para dar conselhos, fazer orações e dar sugestões para pessoas que lidavam com negócio. Muitos, não tomavam decisões sem primeiro consultá-la, e para tantas pessoas, ela era considerada uma "santa", todavia em resposta para quem quis saber quem ela, realmente, era, respondeu com tranquilidade: "... É porque eu rezo com fé".
Sua fama de santidade foi se espalhando de tal modo que pessoas de muito longe começaram a visitar Baependi para conhecê-la, conversar com ela, falar-lhe de suas dores e necessidades e, sobretudo para pedir-lhe orações. A todos, atendia com a mesma paciência e dedicação, mas nas sextas feiras, não atendia a ninguém. Era o dia em que lavava as próprias roupas e se dedicava mais à oração e à penitência. Isso porque sexta-feira é o dia que se recorda a Paixão e a Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo para a salvação de todos nós. Às Três horas da tarde, intensificava suas orações e mantinha uma particular veneração à Virgem da Conceição, com a qual tratava familiarmente como a uma amiga.
Nhá Chica era analfabeta, pois não aprendeu a ler nem escrever, desejava somente ler as Escrituras Sagradas, mas alguém as lia para ela, e a fazia feliz. Compôs uma Novena à Nossa Senhora da Conceição e em Sua honra, construiu, ao lado de sua casa, uma Igrejinha, onde venerava uma pequena Imagem de Nossa Senhora da Conceição que era de sua mãe e, diante da qual, rezava piedosamente para todos aqueles que a ela se recomendavam. Essa Imagem, ainda hoje, se encontra na sala da casinha onde ela viveu, sobre o Altar da antiga Capela.
Em 1954, a Igreja de Nhá Chica foi confiada à Congregação das Irmãs Franciscanas do Senhor. Desde então teve início bem ao lado da Igreja, uma obra de assistência social para crianças necessitadas que vem sendo mantida por benfeitores devotos de Nhá Chica. Hoje a "Associação Beneficente Nhá Chica" (ABNC) acolhe mais de 160 crianças entre meninas e meninos.
Ao longo dos anos, a "Igrejinha de Nhá Chica", depois de ter passado por algumas reformas, é hoje o "Santuário Nossa Senhora da Conceição" que acolhe Peregrinos de todo o Brasil e de diversas partes do mundo. Muitos fiéis que visitam o lugar, pedem graças e oram com fé. Tantos voltam para agradecer e registram suas graças recebidas. Atualmente, no "Registro de graças do Santuário", podem-se ler aproximadamente 20.000 graças alcançadas por intermédio de Nhá Chica.
A Venerável morreu no dia 14 de junho de 1895, estando com 87 anos de idade, mas foi sepultada somente no dia 18, no interior da Capela por ela construída. As pessoas que ali estiveram sentiram exalar-se de seu corpo um misterioso perfume de rosas durante os quatro dias de seu velório. Tal perfume foi novamente sentido no dia 18 de junho de 1998, 103 anos depois, por Autoridades Eclesiásticas e por membros do Tribunal Eclesiástico pela Causa de Beatificação de Nhá Chica e, também, pelos pedreiros, por ocasião da exumação do seu corpo. Os restos Mortais da Venerável se encontram hoje no mesmo lugar, no interior do Santuário Nossa Senhora da Conceição em Baependi, protegidos por uma Urna de acrílico colocada no interior de uma outra de granito, onde são venerados pelos fiéis.
Papa diz que Nhá Chica foi perspicaz testemunha da misericórdia de Cristo
O papa Francisco afirmou que a filha de escravos Francisca da Paula de Jesus, conhecida no século XIX como Nhá Chica e beatificada neste sábado na cidade de Baependi, em Minas Gerais, foi uma "perspicaz testemunha" da misericórdia de Cristo.
Por meio de uma mensagem, lida na homilia pelo prefeito regional da Congregação das Causas dos Santos do Vaticano, cardeal Angelo Amato, o papa Francisco evocou o pedido de beatificação impulsionado pelo bispo da diocese da Campanha, frei Diamantino Prata de Carvalho, e por vários fiéis.
O papa Francisco, em nome de sua "autoridade apostólica", declarou que a "venerável serva" seja chamada de "beata e sua festa realizada nos lugares e da maneira estabelecida pelo direito todos os dias 14 de junho".
O pontífice lembrou que Nhá Chica era "leiga, virgem, uma mulher de assídua oração e perspicaz testemunha da misericórdia de Cristo com os necessitados do corpo e do espírito".
Nhá Chica foi transformada em beata em cerimônia que contou com a participação de autoridades locais e do episcopado, acompanhada por cerca de 50 mil pessoas, segundo informou a prefeitura de Baependi, pequena cidade de 18 mil moradores, onde ela é venerada por fiéis de todo o País e do exterior
Cardeal Amato representará Papa na beatificação de Nhá Chica
Rádio Vaticano
A Congregação das Causas dos Santos divulgou nesta segunda-feira, 9, um comunicado confirmando a data de beatificação de Francisca de Paula De Jesus, conhecida como "Nhá Chica", no dia 4 de maio, às 15h, na cidade mineira de Baependi. No comunicado, informa-se ainda que o representante do Papa Francisco nesta celebração será o Prefeito da Congregação, Cardeal Angelo Amato.
Segundo as forças de segurança de Minas Gerais, mais de 30 mil pessoas são aguardadas em Baependi, cidade onde Nhá Chica viveu e que tem menos de 20 mil habitantes. Filha de escrava, ela era analfabeta, por isso precisava de alguém que lesse a ela as Escrituras Sagradas. Compôs uma Novena a Nossa Senhora da Conceição e em Sua honra, construiu, ao lado de sua casa, uma Igrejinha, onde venerava uma pequena Imagem. Seu trabalho era atender a todos que a procuravam, sem discriminar ninguém, uma palavra de conforto, um conselho ou uma promessa de oração.
Estarão presentes na cerimônia Ana Lúcia Meirelles - que recebeu o milagre por intercessão de Nhá Chica -, bispos e diversos padres, religiosos e religiosas e autoridades civis.
Segundo as forças de segurança de Minas Gerais, mais de 30 mil pessoas são aguardadas em Baependi, cidade onde Nhá Chica viveu e que tem menos de 20 mil habitantes. Filha de escrava, ela era analfabeta, por isso precisava de alguém que lesse a ela as Escrituras Sagradas. Compôs uma Novena a Nossa Senhora da Conceição e em Sua honra, construiu, ao lado de sua casa, uma Igrejinha, onde venerava uma pequena Imagem. Seu trabalho era atender a todos que a procuravam, sem discriminar ninguém, uma palavra de conforto, um conselho ou uma promessa de oração.
Estarão presentes na cerimônia Ana Lúcia Meirelles - que recebeu o milagre por intercessão de Nhá Chica -, bispos e diversos padres, religiosos e religiosas e autoridades civis.
Beata Nhá Chica: veja como foi a Missa de beatificação
André Alves
Da Redação
Família Cristã
Nas laterais do altar, as estampas de Nossa Senhora e da Beata Nhá Chica
Após anos de espera, os católicos de Minas Gerais e de todo o Brasil puderam então celebrar a Missa e o rito de beatificação de Francisca de Paula de Jesus, conhecida popularmente como Nhá Chica. A Celebração Eucarística aconteceu na cidade onde viveu a beata, em Baependi, sul de Minas Gerais, neste sábado, 4. Presidiu a solenidade o Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos e Delegado do Papa Francisco para esta beatificação.
Acesse:
.: Todas as notícias sobre a beatificação de Nhá Chica
De acordo com a organização, cerca de 50 mil pessoas participaram da cerimônia, entre elas, muitos bispos, padres, religiosos e religiosas. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno, também esteve presente, assim como, o Governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia.
Durante os ritos iniciais da celebração, o Bispo da Diocese de Campanha (MG), Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, OFM, elevou a Deus louvores pela vida de Nhá Chica, reforçando que a santidade é a vocação principal de todos os cristãos. Em seguida, o bispo dirigiu-se ao Cardeal Amato recordando o pedido da Igreja local feito ao Santo Padre para a beatificação de Nhá Chica.
Dom Diamantino descreveu resumidamente a vida de Francisca, destacando a sua disposição em ajudar os que iam a ela e a sua devoção a Nossa Senhora. “Sou uma pobre analfabeta, mas oro com fé e Deus que me atende por intercessão de Sua Mãe, Nossa Senhora da Conceição”, disse Dom Diamantino, recordando uma frase de Nhá Chica.
Após ouvi-lo, o Cardeal Angelo Amato dirigiu-se ao bispo, como prevê o rito de beatificação, e fez a leitura da carta enviada pelo Sumo Pontífice, o Papa Francisco, concedendo a Nhá Chica o título de beata.
“Acolhendo o desejo do nosso Irmão Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, OFM, assim como de muitos outros irmãos no episcopado e de numerosos fiéis, tendo consultado a Congregação para as Causas dos Santos, declaramos por nossa autoridade apostólica que a Venerável Serva de Deus, Francisca de Paula de Jesus, leiga, virgem, mulher de assídua oração, perspicaz testemunha da Misericórdia de Cristo para com os necessitados do corpo e do espírito, doravante seja chamada beata, e a sua festa seja celebrada, nos lugares e da maneira estabelecida pelo direito, todos os anos no dia 14 de junho”, dizia o texto escrito pelo Papa Francisco.
Lida a carta de beatificação, o povo presente aclamou a nova beata brasileira, Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica. Ana Lúcia Meirelles, miraculada desta beatificação, levou emocionada, ao altar, as relíquias da nova beata.
Na homilia, o Cardeal Amato destacou as virtudes de Nhá Chica, razões que deram a ela o título de beata. Para ele, Francisca viveu neste mundo uma vida angélica, foi uma cristã que seguiu a Cristo, vivendo com heroísmo as virtudes, o amor a Deus e aos pobres.
"Testemunhas afirmam que ela rezava muito e que tinha sempre o Rosário nas mãos. Era adoradora do Santíssimo Sacramento e fiel contempladora da Paixão do Senhor; assídua à Missa, atenta à homilia do pároco; passava horas e horas em adoração diante do Tabernáculo. Fazia muitas penitências e mortificava-se. Era chamada 'mãe dos pobres'”, destacou Dom Amato.
Hoje, Nhá Chica recebe a veneração de muitos fiéis, de todas as partes do Brasil. Mas, segundo o cardeal, ela não fica contente somente em ser venerada, mas deseja, sobretudo, ser imitada. "Ela quer que sejamos como ela, verdadeiros discípulos de Jesus, seguindo e pondo em prática o Evangelho. Isto é o que todos nós devemos fazer. Também hoje a Igreja precisa de santos, estes são sua verdadeira coroa de glórias".
O representante do Papa Francisco finalizou sua homilia convidando os fiéis a serem, como a beata Nhá Chica, o bom perfume de Cristo no mundo. "A beatificação de Nhá Chica é uma lição de vida cristã para todos nós", conclui Dom Amato.
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De acordo com a organização, cerca de 50 mil pessoas participaram da cerimônia, entre elas, muitos bispos, padres, religiosos e religiosas. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno, também esteve presente, assim como, o Governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia.
Durante os ritos iniciais da celebração, o Bispo da Diocese de Campanha (MG), Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, OFM, elevou a Deus louvores pela vida de Nhá Chica, reforçando que a santidade é a vocação principal de todos os cristãos. Em seguida, o bispo dirigiu-se ao Cardeal Amato recordando o pedido da Igreja local feito ao Santo Padre para a beatificação de Nhá Chica.
Dom Diamantino descreveu resumidamente a vida de Francisca, destacando a sua disposição em ajudar os que iam a ela e a sua devoção a Nossa Senhora. “Sou uma pobre analfabeta, mas oro com fé e Deus que me atende por intercessão de Sua Mãe, Nossa Senhora da Conceição”, disse Dom Diamantino, recordando uma frase de Nhá Chica.
Após ouvi-lo, o Cardeal Angelo Amato dirigiu-se ao bispo, como prevê o rito de beatificação, e fez a leitura da carta enviada pelo Sumo Pontífice, o Papa Francisco, concedendo a Nhá Chica o título de beata.
“Acolhendo o desejo do nosso Irmão Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, OFM, assim como de muitos outros irmãos no episcopado e de numerosos fiéis, tendo consultado a Congregação para as Causas dos Santos, declaramos por nossa autoridade apostólica que a Venerável Serva de Deus, Francisca de Paula de Jesus, leiga, virgem, mulher de assídua oração, perspicaz testemunha da Misericórdia de Cristo para com os necessitados do corpo e do espírito, doravante seja chamada beata, e a sua festa seja celebrada, nos lugares e da maneira estabelecida pelo direito, todos os anos no dia 14 de junho”, dizia o texto escrito pelo Papa Francisco.
Lida a carta de beatificação, o povo presente aclamou a nova beata brasileira, Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica. Ana Lúcia Meirelles, miraculada desta beatificação, levou emocionada, ao altar, as relíquias da nova beata.
Na homilia, o Cardeal Amato destacou as virtudes de Nhá Chica, razões que deram a ela o título de beata. Para ele, Francisca viveu neste mundo uma vida angélica, foi uma cristã que seguiu a Cristo, vivendo com heroísmo as virtudes, o amor a Deus e aos pobres.
"Testemunhas afirmam que ela rezava muito e que tinha sempre o Rosário nas mãos. Era adoradora do Santíssimo Sacramento e fiel contempladora da Paixão do Senhor; assídua à Missa, atenta à homilia do pároco; passava horas e horas em adoração diante do Tabernáculo. Fazia muitas penitências e mortificava-se. Era chamada 'mãe dos pobres'”, destacou Dom Amato.
Hoje, Nhá Chica recebe a veneração de muitos fiéis, de todas as partes do Brasil. Mas, segundo o cardeal, ela não fica contente somente em ser venerada, mas deseja, sobretudo, ser imitada. "Ela quer que sejamos como ela, verdadeiros discípulos de Jesus, seguindo e pondo em prática o Evangelho. Isto é o que todos nós devemos fazer. Também hoje a Igreja precisa de santos, estes são sua verdadeira coroa de glórias".
O representante do Papa Francisco finalizou sua homilia convidando os fiéis a serem, como a beata Nhá Chica, o bom perfume de Cristo no mundo. "A beatificação de Nhá Chica é uma lição de vida cristã para todos nós", conclui Dom Amato.
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