quarta-feira, 24 de julho de 2013

terceiro discurso

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Papa Francisco afirmou que é necessário enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das drogas
Kelen Galvan
Da Redação
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Em visita ao hospital, Papa ficou muito próximo das pessoas, saudando-as e conversando com várias
Após a visita ao Santuário de Aparecida, nesta quarta-feira, 24, o Papa Francisco retornou ao Rio de Janeiro, para inaugurar um centro de atendimento para dependentes químicos no Hospital São Francisco de Assis da Providência de Deus. O local iniciará os atendimentos no final do mês, com 40 leitos. Quantidade que deve aumentar até o final do ano.
Uma multidão aguardava o Santo Padre no Hospital e o Pontífice fez questão de cumprimentar a todos. Funcionários, pacientes do hospital podiam se aproximar livremente do Papa para saudá-lo e ele parou para conversar com várias pessoas enquanto se dirigia ao palco instalado no local para o ato de inauguração.
O Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, saudou o Papa e falou sobre o trabalho que será realizado pelo Polo de Atenção Integral à Saúde Mental (P.A.I.).
Na sequência, dois recuperandos falaram de suas experiências com as drogas e o modo como conseguiram vencer o vício. O Santo Padre acompanhou cada história atentamente, abraçando-os em seguida.
papa_hospital2Logo após, o Papa Francisco fez um discurso, no qual destacou que há muitas situações no Brasil e no mundo que reclamam atenção, cuidado e amor, como a luta contra a dependência química. “A chaga do tráfico de drogas, que favorece a violência e que semeia a dor e a morte, exige da inteira sociedade um ato de coragem”, destacou.
 
O Pontífice afirmou que, ao contrário do que se discute em várias partes da América Latina, não é liberando o uso das drogas que se conseguirá “reduzir a difusão e a influência da dependência química”.
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Não é liberando o uso das drogas que se conseguirá “reduzir a difusão e a influência da dependência química”, afirmou o Papa Francisco
Segundo ele, “é necessário enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens para os valores que constroem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança no futuro. Precisamos todos de olhar o outro com os olhos de amor de Cristo, aprender a abraçar quem passa necessidade, para expressar solidariedade, afeto e amor.
Entretanto, o Papa salientou, “abraçar não é o suficiente”. “Estendamos a mão a quem vive em dificuldade, a quem caiu na escuridão da dependência, talvez sem saber como, e digamos-lhe: Você pode se levantar, pode subir; é exigente, mas é possível se você o quiser”.
E dirigindo-se aos jovens em tratamento, o Papa disse: “Queridos amigos, queria dizer a cada um de vocês, mas sobretudo a tantas outras pessoas que ainda não tiveram a coragem de empreender o mesmo caminho de vocês: Você é o protagonista da subida; esta é a condição imprescindível! Você encontrará a mão estendida de quem quer lhe ajudar, mas ninguém pode fazer a subida no seu lugar. Mas vocês nunca estão sozinhos!”
"Não deixem que lhes roubem a esperança!"
“Não deixem que lhes roubem a esperança!”
Papa Francisco orientou os jovens a olharem para frente com confiança. “A travessia é longa e cansativa, mas olhem para frente, existe ‘um futuro certo, que se coloca numa perspectiva diferente relativamente às propostas ilusórias dos ídolos do mundo, mas que dá novo impulso e nova força à vida de todos os dias’. A vocês todos quero repetir: Não deixem que lhes roubem a esperança! Mas digo também: Não roubemos a esperança, pelo contrário, tornemo-nos todos portadores de esperança”.
O polo de atendimento trará uma grande contribuição para a cidade do Rio de Janeiro (RJ), onde vivem mais de 600 mil dependentes químicos e apenas 20 leitos disponíveis para atendimento. Atualmente, o Brasil tem dois milhões de dependentes químicos, sendo 50% na região Sudeste

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